ATA DA QÜINQUAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 30-6-2008.
Aos trinta dias do mês de junho do ano de dois mil e
oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Dr. Raul, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Neuza Canabarro, Nilo Santos,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de
quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Maristela Maffei,
Maurício Dziedricki e Mauro Zacher. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
557156, 556678 e 556708/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.
A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado o Requerimento
nº 053/08 (Processo nº 3852/08). Também, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pela Vereadora Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o período de COMUNICAÇÕES, hoje
destinado a assinalar o transcurso do nonagésimo aniversário da Escola Estadual
de Educação Básica Presidente Roosevelt, nos termos do Requerimento nº 053/08
(Processo nº 3852/08), de autoria da Vereadora Sofia Cavedon. Compuseram a Mesa:
o Vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; a
Professora Rosângela Soletti, Diretora da Escola Estadual de Educação Básica Presidente
Roosevelt; a Professora Ione Osório, representando a Secretaria Estadual da
Educação; a Professora Elida Maria Bach Montani, representando a 1ª Coordenadoria
Regional de Educação da Secretaria Estadual da Educação. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora
Sofia Cavedon saudou a Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt,
destacando que essa instituição atende desde alunos do ensino fundamental e
médio até adultos do Programa de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Ainda,
propugnou por verbas do Governo Estadual para que sejam solucionadas carências
de recursos humanos e materiais observadas nessa escola, garantindo-se a alunos
e professores condições adequadas de aprendizagem e ensino. Na ocasião, o
Senhor Presidente concedeu a palavra à Professora Rosângela Soletti, que agradeceu
a homenagem ora prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e cinqüenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e sete minutos,
constatada a existência de quórum. Após, foram apregoadas as Emendas nos
01 e 02, de autoria da Vereadora Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT, ao
Projeto de Resolução nº 034/08 (Processo nº 3835/08). Também, foi apregoado
Requerimento de autoria da Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando Licença
para Tratamento de Saúde, nos dias vinte e quatro e vinte e cinco de junho do
corrente. Ainda, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do
ex-Vereador Jocelin Azambuja. Em prosseguimento, por solicitação do Vereador
Sebastião Melo, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao
Senhor Almerindo Pedroso Guimarães, falecido no dia de hoje, pai do Vereador
Elói Guimarães. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Haroldo de Souza manifestou-se
acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 122/08, em tramitação no período de
Pauta, que determina a execução do Hino Rio-Grandense nos jogos de futebol do
Campeonato Gaúcho realizados no Município. Igualmente, defendeu a aprovação,
pela Casa, do Projeto de Lei do Legislativo nº 091/07, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de os hospitais da rede pública e da rede privada
disponibilizarem macas dimensionadas para pessoas obesas. O Vereador João
Carlos Nedel, discorrendo acerca da questão da saúde em Porto Alegre, afirmou
que as verbas provenientes do Sistema Único de Saúde são insuficientes para
atender as crescentes dificuldades nessa área. Ainda, parabenizou o Médico
Marcos Dias Ferreira, deste Legislativo, por especialização na área do câncer
de próstata, feita nos Estados Unidos. Finalizando, alegou a necessidade de melhor
iluminação pública na Cidade, a fim de facilitar a prevenção aos de vandalismo
contra o patrimônio público. O Vereador Guilherme Barbosa, em tempo cedido pela Vereadora Margarete
Moraes, manifestou-se acerca de licitação pública realizada pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre para a contratação de sessenta e oito automóveis com
motorista, questionando a idoneidade da empresa Confiança Transportes e
Turismo, que ganhou quarenta e oito vagas nesse processo, e declarando que irá
procurar maiores informações a respeito do assunto, em razão das suspeitas de
irregularidades existentes. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 028/08, deferido pelo Senhor
Presidente, de autoria do Vereador Ervino Besson, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, no dia de hoje, na solenidade de
abertura da “IV Settimana Italiana di Porto Alegre”, às vinte horas, na sede da
Sociedade Italiana do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Dr. Raul, em tempo cedido pelo Vereador João Bosco Vaz, pronunciou-se
sobre o Projeto de Lei do Legislativo nº 161/08, de sua autoria, que institui
em Porto Alegre o Dia do Tenista, ressaltando os benefícios que o Tênis proporciona
em termos de congraçamento pessoal e melhorias na saúde, sem restrições de
idade para ser praticado, e que esse Projeto irá contribuir para a
popularização desse esporte no Município. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Neuza Canabarro,
em tempo cedido pela Vereadora Maristela Meneghetti, homenageou o trigésimo
quinto aniversário das “Luluzinhas”, destacando a participação desse grupo de mulheres
em atividades filantrópicas e na luta por condições de igualdades entre os gêneros
feminino e masculino. Além disso, historiou a evolução do feminismo nesse
período de trinta e cinco anos. Finalizando, manifestou votos de que essa
irmandade continue o trabalho social que realiza em Porto Alegre. O Vereador
Maurício Dziedricki, lastimando os homicídios dos jovens Jéferson Alves
Ferreira e Gabriel Elói de Oliveira, relacionados à rivalidade de torcidas
organizadas de futebol, discorreu acerca da necessidade de que os órgãos de
segurança pública adotem medidas mais eficazes para garantir a segurança em
eventos dessa natureza. Também, concordou com a adoção de penalidades mais
severas para pichadores, referindo-se aos custos adicionais que o vandalismo
causa ao Poder Público. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 029/08, de
autoria do Vereador Ervino Besson, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, na solenidade
de lançamento do Programa Alvará no Bairro, às dezesseis horas, no Riograndense
Tênis Clube, em Porto Alegre. Em continuidade, constatada a existência de
quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador
Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, conforme definido em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 144/08, discutido pelo Vereador Márcio Bins Ely, os Projetos de
Lei do Executivo nos 030 e 031/08, discutidos pelo Vereador Carlos
Comassetto, e 033/08, discutido pelos Vereadores Márcio Bins Ely e Claudio
Sebenelo; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 122, 134, 136, 139, 149, 150,
151, 152, 153 e 154/08, os Projetos de Lei do Executivo nos 028,
032, 034 e 035/08, o Projeto de Decreto Legislativo nº 004/08, os Projetos de
Resolução nos 029 e 032/08. Também, os Vereadores João Carlos Nedel
e João Antonio Dib manifestaram-se durante o período de Pauta. Na oportunidade,
foi apregoado Memorando de autoria do Vereador Elias Vidal, deferido pelo
Senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, hoje, em reunião para tratar de assuntos referentes à Campanha do
Agasalho, na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Às dezesseis horas e dois
minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e
secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º
Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): De imediato,
coloco em votação o Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon, que solicita
que o período de Comunicações do dia de hoje, 30 de junho, seja destinado a
homenagear a Escola Estadual Presidente Roosevelt. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos
entrar no período de Comunicações neste momento.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento da Verª Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje, este período destina-se a homenagear os 90
anos da Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt.
Convidamos para compor a Mesa a Professora Rosângela Soletti, Diretora da Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt; a Professora Ione Osório, representando a Secretária Estadual de Educação; a Professora Elida Montani, representando a 1ª Coordenadoria Regional de Educação.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra, como
proponente da homenagem.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Ficamos felizes que a Secretaria mantenedora se
faz presente, porque este momento - e não poderia ser diferente, não é
Professora Rosângela? -, é um momento de comemoração, mas também sempre, em se
tratando de Educação, um momento de luta, um momento de reivindicação, um
momento de apontar melhorias, apontar superações.
Eu sei que é assim que a escola está organizando,
através da sua comissão, um conjunto de atividades para comemorar seus 90 anos.
Uma escola idosa, mas muito jovem. Idosa na contabilidade dos anos de vida, mas
essa escola é rejuvenescida pelas inúmeras gerações que se seguem, atuando e
construindo Educação de qualidade para todos.
Eu gostaria que os alunos, as mães, os professores,
levantassem aquela faixa dos pedidos, porque são duas faixas emblemáticas. Essa
Escola - este é o primeiro registro - é o exemplo da luta das escolas estaduais
por qualidade de ensino, por dignidade e pela excelência do seu trabalho. Ao
mesmo tempo em que denunciam - e aí vem o conceito de esperança de Paulo Freire
- fazem o anúncio: “Pinte a sua escola, que ela também é sua!”. A escola
anuncia que está tomando atitudes e que vem se empenhando em garantir melhores
condições de trabalho. E eu sei, pela Professora Rosângela, que eles já
trabalharam a questão do saneamento, dos esgotos, da iluminação, e ainda há
muitos desafios, como a do muro que é baixo. Então, a escola está anunciando,
está chamando os pais para pintar a sua Escola e, ao mesmo tempo, denunciando,
dizendo que precisam de iluminação, pois os assaltos são muitos, e que a
violência e a insegurança perturbam o trabalho da Escola, especialmente à
noite. Uma escola que atende crianças a partir dos três aninhos, até o Ensino
Médio, no formato, inclusive, de EJA, ou seja, deve ter pessoas de 70, 60 anos.
É uma Escola de Educação Básica, freiriana, que
anuncia a esperança, porque a esperança de Freire é denúncia e anúncio. É uma
escola que não se acomoda e não se resigna dos poucos recursos nem por ser uma
escola pública, muitas vezes sem o investimento a que faz jus; que não
abandona, que luta, mas luta apostando na sua potência, no envolvimento da sua
comunidade para uma qualificação permanente, cobrando dos responsáveis. E é esse recado que nos dão: que a
Câmara de Porto Alegre, que cuida, que trata de todas as questões da Cidade,
também trate, cuide e fique alerta às questões da Educação Pública Estadual.
É assim que nós os homenageamos nesta marca, caros
alunos, professores, funcionários e comunidade, pela tradição desta Escola,
dali onde nasceu a organização dos pais. Uma Escola que já teve banda escolar, que está retomando o seu grêmio
estudantil, que está participando dos jogos, que se coloca na Cidade e recupera
a sua memória, a sua identidade e a sua cultura ao comemorar os seus 90 anos.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Nós queremos, em nome da Bancada do
Partido Progressista, cumprimentá-la, Verª Sofia, por esta homenagem aos 90
anos da Escola Presidente Roosevelt. Queremos, também, cumprimentar a sua
Direção, seus professores, seus funcionários e seus alunos, e queremos fazer
uma homenagem à Profª Léa Maria Sommer de Azambuja, que trabalhou 36 anos nessa
Escola; é um exemplo de dedicação e de amor que eu tenho certeza de que todas
as professoras também têm. Meus parabéns!
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Nedel. Eu sei que uma das homenagens da Escola é a galeria de fotos dos
ex-diretores. A Escola tem a clareza de que a sua história foi construída por
muitas vidas.
O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia, eu quero parabenizá-la por
esta iniciativa e dizer que eu não fui aluno da Presidente Roosevelt, mas
estudei nas suas dependências. De 1964 até 1970; isso há muitos anos. A
Presidente Roosevelt só tinha o primário, e eu fiz o primário, na época, na
Escola Euclides da Cunha, mas o Ginásio e o Científico eu fiz no Infante Dom
Henrique, que, na época, ocupava o mesmo prédio.
A minha mãe foi funcionária do Presidente Roosevelt
por quase duas décadas e se aposentou em 1984, na portaria; a Dona Glória.
Tenho uma saudade enorme de uma grande ex-diretora, que já faleceu, a
Professora Ana Maria, e quero dizer que o meu filho mais velho estudou no
Maternal daquela Escola. Por muitos anos, o bairro Menino Deus tem um vínculo
muito grande e um amor por essa Escola. Parabéns pela iniciativa, porque é uma
das grandes escolas do Estado do Rio Grande do Sul. Parabéns!
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Professor Garcia. Sua história é testemunha do sucesso da Escola.
O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, nobre colega Verª Sofia
Cavedon, parabéns por esta homenagem, quero cumprimentar a Diretora, as
Professoras, funcionários e alunos da Escola Presidente Roosevelt. Em nome do
Democratas, eu quero reconhecer esse trabalho. Sou morador do bairro Menino
Deus há mais de 40 anos, e quero dizer a V. Exª, Verª Sofia Cavedon, que toda
vez que se homenageia uma escola, com certeza estamos homenageando toda uma
comunidade. Não existe coisa mais importante dentro de uma comunidade do que a
escola, do que o ensino, do que a educação para os nossos filhos. Nós temos que
tomar neste País uma decisão, pois é através da educação que nós podemos buscar
a igualdade, a prosperidade e tudo isso que está faltando para nós. Isso está nas
mãos de vocês, guerreiras, que, mesmo com um salariozinho daquele tamanho -
também temos que rever isso -, continuam guerreiras. Ninguém esquece da sua
primeira professora; e eu, neste momento, lembro da minha primeira professora.
Parabéns a todos vocês, o Democratas está à disposição; este Vereador, e toda a
Casa. Parabéns, principalmente à Verª Sofia Cavedon, que teve a felicidade de
trazer esta Escola aqui para o nosso plenário. Parabéns a todos nós, obrigado.
A Srª Margarete Moraes V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Querida companheira Sofia Cavedon, em
nome da nossa Bancada - aqui presente o Ver. Guilherme - queremos parabenizá-la
por esta iniciativa, por sua inspiração; também à Mesa, às nossas Professoras e
ao nosso querido Presidente Sebenelo por homenagear a Escola Presidente
Roosevelt, que é um exemplo de qualidade de ensino, de trabalho comunitário,
não apenas na Rua Botafogo, no bairro Menino Deus, mas em toda a cidade de
Porto Alegre. Parabéns aos professores, funcionários, alunos, a toda essa
comunidade escolar. Obrigada.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Verª
Margarete, que é Professora estadual e também sabe como tem que ser guerreiro
quem é professor no Estado do Rio Grande do Sul, quem é professor de uma forma
geral.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Estimada colega Verª Sofia, ao
cumprimentá-la e parabenizá-la por esta brilhante iniciativa, cumprimento a
Direção da Escola, demais professores, alunos e funcionários. Quando a Verª Sofia
Cavedon entrou por aquela porta com um sorriso, com aquela planta nas mãos, eu
disse que só poderia ser pela homenagem à Escola Presidente Roosevelt. E está
ali a bela planta. É assim que a comunidade do Menino Deus reage quando se fala
da Escola Presidente Roosevelt: eles respondem com sorrisos! Isso graças ao
trabalho, à confiança, à admiração que aquela comunidade tem pela Escola
Presidente Roosevelt. Portanto, parabéns pelo trabalho de vocês, e que Deus
ilumine sempre a sua caminhada! Obrigado, Vereadora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Ervino Besson.
O Sr. Haroldo de Souza: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Permitam-me que eu fique um pouquinho de
costas, pois quero ler aquela faixa. (Lê a faixa exibida no plenário.): “Vossas
Excelências, precisamos de iluminação no pátio e ao redor de nossa Escola. Os
assaltos estão cada vez mais freqüentes, a insegurança toma conta da comunidade
escolar: Alunos da Escola Estadual de Ensino Básico Presidente Roosevelt.” No
momento da homenagem que nós prestamos aqui, em nome da Professora Verª Sofia
Cavedon, fica também essa preocupação de providências que precisam ser tomadas.
Porque não adianta só a homenagem, mas a nossa atenção àquela faixa, e a
certeza de encaminhamento por parte da Escola para que, no que estiver ao nosso
alcance - aquelas Vossa Excelências -, realmente possamos fazer alguma coisa
por essa Escola de tanta tradição e de tantos ensinamentos ao nosso Rio Grande
do Sul. Muito obrigado.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver.
Haroldo de Souza.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Vereadora, vou
quebrar o protocolo, e dar um aparte de duas frases. Sou tão velho que a Escola
Presidente Roosevelt, no meu tempo, era na esquina da Av. Getúlio Vargas com a
Av. Bastian; um sobrado lindo, maravilhoso, que a sanha da construção civil
desmanchou - temos falta de memória -; era a coisa mais linda! Inclusive todos
da minha família estudaram lá. Muito obrigado.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito
obrigada. Encerro, agradecendo tantos apartes. A Escola pode perceber que é
muito respeitada e, dentro desta Casa, terá a ouvidoria das suas
reivindicações, e, certamente, encaminharemos apoio, pontes que possam
ajudá-los nessa batalha, Diretora Rosângela.
Se me permitem, encerro, lendo uma mensagem que
vamos deixar para nossos alunos e professores, que retrata o quanto a escola
pode ser um lugar de resistência ao que se faz hoje das crianças e o que se
quer hoje dos seres humanos. (Lê.): “Dia após dia nega-se às crianças o direito
de ser criança. Os fatos que zombam desse direito ostentam seus ensinamentos na
vida cotidiana. O mundo trata as crianças ricas como se fossem dinheiro, para
que se acostumem a atuar como o dinheiro atua. O mundo trata as crianças pobres
como se fossem lixo, para que se convertam em lixo. As do meio, as crianças que
não são nem ricas e nem pobres, as têm atadas ao pé do televisor, para que
desde muito cedo aceitem como destino a vida prisioneira. Muita magia e muita
sorte têm as crianças que conseguem ser crianças”. É de Eduardo Galeano. E eu
tenho certeza de que a Escola Presidente Roosevelt nada contra a corrente de
quem rouba a infância, de quem transforma os seres humanos em meros
consumidores, porque está resgatando a sua memória, é lugar de cultura, é lugar
de encontro, é lugar de construção do humano.
Que viva muitos anos com essa fibra, com essa
vontade, com esse compromisso, assim como nós queremos para todas as nossas
escolas estaduais. Parabéns a todos vocês! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Verª Sofia Cavedon.
A Professora Rosângela Soletti, Diretora da Escola
Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt, está com a palavra.
A SRA.
ROSÂNGELA SOLETTI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Queremos saudar,
também, de forma extremamente carinhosa, as entidades que reconhecem a história
da nossa Escola e estão aqui nos prestigiando: o Grêmio Literário Castro Alves,
nos seus 50 anos de vida e de poesia; a Assamed, que está sempre presente
também na nossa Escola e que nos prestigia com a sua presença. E, de forma
extremamente carinhosa, saudamos as pessoas que passaram pelo Roosevelt e que
deixaram lá as suas marcas, os seus registros e que nos permitem estar hoje
aqui: ex-diretores; ex-professores; ex-alunos e ex-alunas da nossa Escola, e
que, hoje, estão aqui onde nós juntamos grandes e longes tempos da história com
o momento de agora, e junto com quem já foi, com quem pertenceu à Escola do
Roosevelt, quem hoje está no Roosevelt - então, a representação de alunos, de
pais, de professoras e professores, e, também, os funcionários da nossa Escola.
Queremos também registrar a presença da representação do CPM, do Conselho
Escolar e a representação de quem está disputando o Grêmio da Escola no ano do
aniversário dos 90 anos.
Então, nós saudamos a todos neste momento, porque
uma escola que embala gerações tem o compromisso de valorizar o que aconteceu,
de resgatar a história das pessoas que por lá passaram, e tem a tarefa
primordial de dar continuidade a essa história, de tornar a Escola Estadual de
Educação Básica Presidente Roosevelt uma escola de referência, uma escola onde
a construção do conhecimento se dá com qualidade social, com exercício de
cidadania, com consciência planetária, com a certeza de que nós jamais
poderemos perder a esperança de transformar o mundo, muito embora as agruras,
as dificuldades que enfrentamos.
É um momento ímpar, um momento onde lembramos a
história lá dos idos de 1918, quando começava - e lembrava o Vereador antes - o
Grupo Escolar 13 de Maio, que foi se transformando: mudou o nome, mudou de
endereço, e que chega agora, em 2008, como a Escola Estadual de Educação
Básica, com 1.500 alunos, 81 trabalhadores em Educação, funcionando nos três
turnos, oferecendo matrículas do Maternal ao Ensino Médio Regular, e EJA.
Esse resgate a gente faz, lembrando coisas muito
bonitas que aconteceram já na Escola e que nós queremos que voltem a acontecer:
a organização dos estudantes, uma escola que já teve banda, que teve horta, que
teve atividades de rua, porque era uma característica de outros momentos,
inclusive - os grandes desfiles, as apresentações.
Hoje, nós queremos resgatar o valor da participação
coletiva, da solidariedade, o valor da comunidade dentro da escola, e da escola
inserida e contribuindo com essa comunidade à qual ela pertence. Nós temos
certeza de que o Roosevelt é do bairro Menino Deus, é de Porto Alegre, é do
Estado, e por isso o tamanho da nossa responsabilidade, por garantir uma Escola
que realmente tenha essa qualidade social para desenvolver.
Eu acredito que quem estudou na nossa Escola, sejam
pessoas, pais que levaram depois os seus filhos, que viram os seus netos, ou os
estão vendo agora na Escola, querem ouvir as boas notícias da Escola, querem
saber dos bons resultados da Escola. Quando eu falo em bons resultados, eu não
falo só de estatísticas, porque essas são extremamente relativas, mas nós
queremos, sim, uma escola que garanta o acesso, a permanência com sucesso na
Escola. Nós queremos, cada vez mais, ter alunos que, ao saírem da Escola,
festejem a continuidade de seus estudos, seja em uma universidade, seja num
curso técnico.
Queremos continuar recebendo ex-alunos, hoje
advogados, médicos, arquitetos, professores, dentistas, funcionários públicos,
voltando para a Escola, porque sentem saudades da Escola, se encontrando ao lá
chegarem.
Então, a tarefa é de unir gerações, de criar
vínculos e de continuar sonhando. A Escola já tem o seu nível máximo, porque
agora já há a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio - agora,
ela tem que conseguir qualificar esse processo. Agora, ela tem que conseguir
devolver para a comunidade, que aposta na Escola o melhor, também a sua
relação, o seu trabalho, as suas trocas. E é esse trabalho que nós buscamos
fazer: um trabalho de Educação com qualidade social. E nós sabemos que, em cada
época da história, dificuldades aconteceram, e a Educação, no resgate histórico
que nós temos do nosso País, sempre correu atrás do momento. Ela nunca
conseguiu estar à frente, atendendo a demandas e levando para o futuro; ela
sempre teve que correr atrás, sempre pegando o bonde atrasado para dar conta de
ensinar, de trabalhar e de exercer cidadania. E isso não é por acaso. No
momento em que nós temos a globalização da economia, a globalização da
comunicação, infelizmente nós ainda não temos globalizados os direitos humanos.
Isso é um reflexo de que a Educação não é prioritária, porque, se a Educação é
prioridade, com certeza os direitos humanos são assegurados, porque esses são
básicos.
O trabalho que nós temos é não só ensinar a somar,
a resolver equações, a escrever, mas é de trabalhar as consciências, de
trabalhar o espírito comunitário, de garantir que as pessoas que saiam tenham
senso crítico, autonomia para que realmente consigam contribuir com uma
sociedade tão desigual num espaço que tem, sim, condições para que todos possam
viver bem.
Quanto ao conceito da igualdade, da justiça social,
há muito que ser trabalhado ainda. E para nós está claro que, para atendermos
as demandas da sociedade de hoje - do mercado de trabalho, da consciência
planetária que nós precisamos ter, da questão do exercício da cidadania -,
seria mais fácil se nós pudéssemos começar cada ano letivo com todos os
professores em sala de aula, com todos os alunos sendo atendidos, com todos os
setores em pleno funcionamento, com os recursos financeiros chegando à Escola.
O corte que hoje acontece tira da Escola em torno
de 15 mil reais anuais. Isso não é pouco para uma escola que tem tanto para
fazer. Então, se essas demandas fossem atendidas, com certeza poderíamos
responder mais qualitativamente às demandas que a sociedade nos traz. Uma
sociedade que hoje tem desajustes, uma nova organização familiar, traz responsabilidades
muito grandes para dentro da Escola, e há dificuldades para que possam ser
plenamente atendidas, mas temos esperança de que o sejam, com grande dedicação!
Como as ex-professoras que estão aqui sabem, o
pessoal que estudou na Escola, e que está aqui também, sabe que, com muito
esforço, a Escola sobrevive, a escola pública sobrevive, a Roosevelt sobrevive,
porque, com certeza, as gerações que nos antecederam e as que hoje estão aqui
acreditam muito mais nas possibilidades do que aceitam os limites que as
dificuldades podem impor. É nessa expectativa que nós estamos festejando os 90
anos, como quem acredita na possibilidade de romper barreiras, tomar decisões,
assumir comportamentos de quem acredita no futuro, de quem acredita nas pessoas
- nos jovens, nas crianças.
A nossa comunidade hoje tem prédio; a nossa
comunidade hoje tem todos os níveis de ensino, mas tem grandes reivindicações
também. O nosso Conselho Escolar está presente, e uma das bandeiras nossas
neste ano, o dos 90 anos, é a pintura da Escola. Nós entendemos que, como nos
dizia o grande mestre Paulo Freire, se nós estudamos e trabalhamos num lugar
prazeroso, bom de a gente ficar, com certeza a construção social do
conhecimento se dará de forma muito mais integral. Por isso uma das nossas
bandeiras é “Pinte esta Escola que também é sua”, pedindo a solidariedade do
conjunto do Bairro, de pessoas que passam pela Escola, que já passaram pela
Escola, porque nós queremos pintar a Escola por dentro e por fora, na certeza
de que a construção do conhecimento já está sendo feita, e cada vez com maior
qualidade.
Os alunos do noturno trazem a reivindicação da
iluminação. Nós, realmente, temos um problema sério, na Escola, no processo de
iluminação interna. Somos vizinhos a uma praça em que o baixo muro escolar faz
com que o acesso de entrada e saída pelo muro seja muito grande, especialmente
no turno da noite, não havendo uma iluminação interna adequada no pátio da
escola. Por isso a reivindicação que trazem os alunos do EJA, especialmente,
que são a grande maioria dos alunos do noturno - são mais de 400 alunos que
estudam no EJA noturno, Ensino Médio. Há a preocupação com a iluminação do
pátio, com a entrada, exatamente para terem mais segurança e tranqüilidade no
momento em que estejam estudando na Escola. O CPM da Escola também se preocupa
com a segurança, e, por isso reafirmamos já as várias solicitações que fizemos
para a melhoria do muro, para dificultar esse fácil acesso que hoje existe. E
também pedimos uma faixa de segurança em frente à Escola. A que está lá hoje
está praticamente apagada, e temos crianças dos três anos a adultos de 60 anos
que estudam nos três turnos. Então, nós precisamos, sim, de maior segurança
também, e por isso entendemos que uma faixa de segurança pode contribuir para isso.
A nossa Escola estimula o esporte por entender que
ele disciplina, ele organiza e facilita a aprendizagem. Por isso, neste ano
estamos competindo em vários esportes, em várias modalidades coletivas: no
futsal masculino e feminino, vôlei, basquete, assim como mantemos ainda o
atletismo, em que nós somos campeões em várias modalidades. E os JEDES estão aí
começando, e estamos nessa disputa, também, como também nos Jogos Abertos de
Porto Alegre.
E alguns dos atletas estão aqui hoje. Eu gostaria
que eles ficassem de pé (Os alunos põem-se de pé.), porque temos uma grande
reivindicação (Palmas.), e eles mesmos é que vão dizer qual é a reivindicação
que os atletas da nossa Escola têm.
OS ALUNOS DA ESCOLA: (Em coro.)
Um ginásio de esportes!
A SRA. ROSÂNGELA SOLETTI: Isso, para
que a gente possa ter um espaço coletivo para a atividade esportiva, para a
atividade cultural. Nós não temos um espaço; a Escola ficou grande! O nosso
auditório tem 300 lugares! Então, nós não podemos reunir alunos do mesmo turno
naquele espaço, e o ginásio de esportes vem para unificar um espaço de
confraternização, de prática esportiva, de atividade cultural, de assembléia -
agora começa o grêmio, e as assembléias serão maiores -, então precisamos desse
espaço. Então, nós fazemos também a reivindicação do ginásio de esportes, por
meio da representação dos nossos atletas aqui.
Enfim, dar continuidade a 90 anos de existência do
Roosevelt requer muita responsabilidade e ousadia. E nós entendemos que com as
bandeiras que trouxemos estamos revelando o tamanho das ousadias e também do
trabalho que temos pela frente.
A Escola que começou - dizia antes - em 1918, lá no
Grupo Escolar 13 de Maio, que foi Escola Experimental, Colégio, e lembrava aqui
um Vereador que dentro da nossa Escola funcionou o Ginásio Infante Dom
Henrique, e muitos se formaram lá.
Nós, lembrando essa história, resgatando isso, e em
memória a todos que já não estão mais aqui, e que fazem parte também dessa
história, reconhecendo as contribuições de pais, de professores, de
funcionários inestimáveis que fizeram tudo para ajudar, arrumar e consertar a
Escola inclusive, é que nós queremos dar continuidade a essa construção com o
nosso coletivo hoje lá existente, com os sujeitos que hoje existem lá, buscando
qualificar ainda mais o nosso espaço pedagógico.
Por isso queremos, publicamente, agradecer àqueles
todos que hoje estão aqui e que já passaram pela nossa Escola. Obrigado por
tudo que vocês nos deixaram de construção do conhecimento, e do patrimônio que
ficou, do legado que ficou. E amanhã, na inauguração da galeria das fotos dos
ex-diretores, na linha do tempo no resgate histórico dos grandes painéis
temáticos, nós vamos lembrar grandes fatos que se sucederam ao longo dos 90
anos, quando 25 direções por lá passaram.
Então, o nosso agradecimento público a vocês que
ajudaram a construir a história até chegar aqui.
Agradecemos à Verª Profª Sofia por este espaço
cedido e por esta homenagem também, que nos permitiu fazer a quem foi e a quem
está hoje na Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt.
A nós, que hoje estamos lá, fica uma grande
responsabilidade: reconhecermos isso e darmos continuidade a essa história.
Saibamos preservar o que foi feito, avançar, ampliar essas conquistas e
qualificar, cada vez mais, o nosso processo, tanto de ensino-aprendizagem, como
de vivência como mulheres e homens cidadãos de direito.
As nossas comemorações continuam, a programação,
amanhã, tem, portanto, esse resgate da linha do tempo: a galeria das fotos dos
ex-diretores; na quarta-feira, às 18h, uma missa em ação de graças por toda
essa história construída; na quinta-feira, às 19h, no nosso Auditório, a Noite
Cultural; é um show de talentos, em que os talentos da Escola estarão se
apresentando: alunos da manhã, da tarde e da noite. E, na sexta-feira, um
jantar de confraternização na Grelha do Porto, cujos convites serão vendidos na
própria Escola.
Então, na certeza de que a gente está apenas
começando essa celebração do aniversário dos 90 anos, é que a gente socializa,
agradece por este espaço coletivo, e, ao mesmo tempo em que agradecemos,
reafirmamos que nós acreditamos na Educação; nós não perdemos a esperança. E
acreditamos que os sonhos trazidos aqui, por mais ousados e eloqüentes que
sejam, possam se realizar. No processo coletivo e solidário, essas construções
podem e, com certeza, acontecerão.
Agradeço à Câmara de Vereadores; obrigada pelas
presenças da Secretaria de Educação e da Coordenaria Estadual de Educação;
obrigada pelas presenças do Grêmio Literário Castro Alves, da Assamed, e a
todos aqueles amigos da história da Escola Presidente Roosevelt. E nos ajudem a
continuar fazendo da Escola uma referência educacional, uma Escola de sucesso
interno e externo, uma Escola que trabalha o intra e o extramuro escolar de
forma justa, eqüitativa e com qualidade social. Uma boa-tarde, e obrigada a
todos! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Nós queremos
agradecer à Verª Sofia Cavedon por ter oportunizado esta homenagem, e uma
homenagem em que se trata de educação sempre tem que ser ressaltada, não é
professora? Então, a cumprimento, Professora Rosângela, e, por extensão, a todo
corpo de professores, alunos, comunidade escolar. Muito obrigado pela presença
dos senhores, são sempre muito bem-vindos aqui no nosso Legislativo Municipal.
Obrigado, Professora Ione, por sua presença.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspende-se a Sessão às 14h55min.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 14h57min): Estão
reabertos os trabalhos.
Apregôo a Emenda nº 01, de autoria da Verª
Margarete Moraes: “Dá nova redação ao parágrafo único do art. 62-A, redação
proposta pelo art. 6º de Projeto de Resolução nº 034/08. Parágrafo único. Fica
assegurada a incorporação aos proventos do funcionário, que tenha percebido a
gratificação por, no mínimo, um ano, nos percentuais estabelecidos nos incisos
deste artigo ao funcionário ativo”.
Apregôo a Emenda nº 02, de autoria da Verª
Margarete Moraes: “Acrescente-se ao PR nº 034/08, novo art. 7º, com redação que
segue, renumerando-se os demais: ‘art. 7º - Os cargos da carreira de Assistente
Legislativo serão extintos na medida em que vagarem e não houver integrantes da
carreira aptos à progressão funcional’”.
A Verª Maristela Meneghetti solicita Licença para
Tratamento de Saúde nos dias 24 a 25 de junho.
Registro
a presença do sempre Vereador desta Casa, Jocelin Azambuja, que nos visita. É
sempre bom reencontrá-lo!
A
Mesa, neste momento, registra com muito pesar - e propõe um minuto de silêncio
- o falecimento do Sr. Almerindo Pedroso Guimarães, pai do Ver. Elói Guimarães,
que faleceu lá na cidade de Santo Antônio da Patrulha, e que será enterrado
hoje, às 17h30min. Então, façamos um
minuto de silêncio pelo passamento do Sr. Almerindo Pedroso Guimarães.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Delegado João Cândido estará se
deslocando para Santo Antônio, daqui a pouco, e nós queremos, Delegado, que o
senhor, em nome dos 36 Vereadores, leve o nosso mais profundo sentimento ao
nosso querido Vereador Elói, pelo falecimento do pai.
O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Ver. Haroldo, é com satisfação que eu, como
médico, pessoa que lida há muitos anos nessa área, penso em lhe dar a minha
solidariedade. Realmente, a necessidade que essas pessoas têm na convivência do
dia-a-dia é algo impressionante, porque o obeso sofre muito com isso. Eu,
inclusive, estou fazendo dieta porque quero ver se diminuo a minha estrutura
abdominal. E penso que, realmente, é muito importante esse Projeto para que as
pessoas tenham um conforto na hora da dificuldade.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Obrigado,
Ver. Dr. Raul, que fala com conhecimento de causa, porque vive dentro dos
hospitais. Logo, este é um Projeto daqueles que não vai gerar, aqui, discursos
de cinco minutos de todas as pessoas; acho que não! É um Projeto para ser
olhado, observado, encaminhado, discutido, votado, aprovado, sancionado e
colocado em uso; e estamos conversados! Sinto aqui a concordância da minha
querida Verª Margarete Moraes, Líder do Partido dos Trabalhadores, com a qual
contamos. Ontem - finalmente ontem! -, saiu a convenção do meu Partido, do
Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB. O Fogaça com o PDT, o PTB
- aliança que foi estabelecida -, para que nós possamos continuar por mais
quatro anos fazendo em Porto Alegre aquilo que fizemos, tentamos fazer em
quatro anos, que vão findar, mas de uma forma transparente. O PMDB, o PDT o PTB
estão unindo suas forças para que possamos continuar dar a Porto Alegre esse
modelo de Administração que está aí depois que o Fogaça - embora, naquela época
não do PMDB, mais do PPS, ao pegar a Prefeitura - pegou uma Prefeitura falida,
uma Prefeitura arrebentada, uma Prefeitura que vinha há três anos trabalhando
no vermelho. E o Partido dos
Trabalhadores, ainda, além de estar trabalhando no vermelho, deixou-nos a
herança: não tem crédito, faltou crédito - tanto o nacional como o
internacional -, deixou dívida para pagar, sem condições de crédito, e a
Prefeitura estourada.
Foi assim que o PMDB pegou a Prefeitura Municipal há
quatro anos. Então agora, o PMDB, o PDT, o PTB e outros Partidos que ainda vão
se aliar a esta frente, estão em busca de mais quatro anos para continuarmos
com aquele slogan que aprovamos e que foi executado, sim, Ver. Sebastião
Melo: manter o que está certo, mas fazer e alterar as coisas que estão erradas,
principalmente as coisas que nunca foram feitas ou com relação às quais nunca
houve preocupação por parte do Partido que esteve no Governo por 16 anos. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
Tenho dois assuntos
importantes: fiz uma pequena enquete com alguns amigos, perguntando quais os
dois maiores problemas da nossa Cidade. O resultado disso é uma coisa que
praticamente todos já sabiam: Saúde e Segurança.
Na Saúde, estamos em uma
grande dependência de aumento da verba do SUS para Porto Alegre, porque a Saúde
é uma preocupação muito séria da população, mas essa mesma população tem
algumas dificuldades, porque continuam fumando, continuam bebendo, continuam se
drogando; são para essas as dificuldades que, raramente, Ver. Professor Garcia,
vamos ter verbas suficientes se a população não ajudar e cuidar da sua saúde.
Também temos uma notícia muito importante, Verª Maria Celeste: tivemos o retorno para
esta Casa do Dr. Marcos Dias Ferreira, que foi para o Exterior fazer um Curso
de Pós-Doutorado em Câncer de Próstata; e lá ele viu, também, que a cirurgia
através da robótica é a grande sensação do momento. Numa cirurgia aberta, é
perdido aproximadamente um litro, um litro e meio de sangue; numa cirurgia
feita através do robô, são perdidos apenas de 50 a 100 mililitros de sangue.
Hoje, nos Estados Unidos, 60% das cirurgias de câncer de próstata, rim e bexiga
são feitas através da robótica. Esperamos, Dr. Marcos Dias Ferreira, que a sua
pregação tenha sucesso aqui, para que nós possamos transformar Porto Alegre,
Ver. Luiz Braz, num pólo de saúde do Brasil, que, hoje, ainda, é São Paulo. Mas
nós queremos transformar Porto Alegre em qualidade de saúde.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Acompanho com muita atenção o pronunciamento de V.
Exª e essa viagem do Dr. Marcos, fazendo esse Curso nos Estados Unidos, traz,
inclusive, para nós aqui, muitos conhecimentos a respeito de novas técnicas
para combater o câncer de próstata. E, através de um trabalho, também,
respaldado pelo Dr. Marcos, nós votamos, aqui na Câmara Municipal, a
possibilidade de o cidadão poder se prevenir com relação ao câncer de próstata
através do exame do PSA. Então, duas vezes eu cumprimento o Dr. Marcos, por
esse respaldo que ele dá à nossa Casa.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: E eu quero
cumprimentar V. Exª, Ver. Luiz Braz, pelo seu Projeto, já aprovado por esta
Casa, e também dizer que esta Casa tem imensa honra de ter um especialista
desse gabarito servindo-a.
O segundo problema é a Segurança; essa Segurança
que a população pede que nós estejamos atentos. Nós, como Vereadores, não
podemos fazer muito, mas podemos fortalecer a nossa iluminação pública, Ver.
João Antonio Dib; cuidar, através da Guarda Municipal, dos próprios do
Município, para evitar as pichações do patrimônio público e também das nossas
propriedades privadas, visando à beleza da nossa Cidade para que ela fique mais
bonita, para que possa atrair os turistas para esta Capital, porque não adianta
dizermos que Porto Alegre é a Capital da Qualidade de Vida e termos os nossos
prédios pichados desta forma. Sr. Presidente, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da
Verª Margarete Moraes.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoas que nos
acompanham tanto aqui nas nossas galerias quanto as que nos assistem pela
TVCâmara, eu quero trazer a este Plenário, e a todos os que nos assistem, um
assunto que eu considero, Ver. Garcia, com um potencial de muita estranheza,
vamos dizer assim. Por algum tempo, o Executivo Municipal prorrogou o contrato
de carros locados da Prefeitura de Porto Alegre, mas, no mês de abril, terminou
fazendo uma licitação para a contratação de 68 automóveis, categoria 2, que são
os de serviço com motorista, e houve empate no valor apresentado pelos proprietários,
e, em seguida, como então seria esperado, houve o sorteio, que aconteceu no dia
16 de abril de 2008. E a grande surpresa que aconteceu, Ver. Garcia, foi que
uma mesma empresa, vejam só, uma mesma empresa - e costumam ser empresas
particulares, empresas individuais, melhor dizer assim - ganhou 41 vagas das
68. Eu fiz uma conta: se nós considerarmos 41 veículos com preço médio de 25
mil reais, nós vamos chegar, portanto, a um milhão e 25 mil reais. Essa
empresa, que, repito, é individual, teria que ter recursos financeiros, Verª
Neuza Canabarro, de mais de um milhão de reais para colocar a serviço da
Prefeitura de Porto Alegre, imediatamente, 41 veículos! E estou trabalhando por
baixo, porque possivelmente é mais.
As pessoas que me trouxeram o problema conseguiram,
junto ao Poder Judiciário, um documento dessa mesma empresa, que se chama
Confiança Transportes e Turismo Ltda.: uma certidão positiva de que ela estava
sendo, uma semana depois, objeto de uma ação de busca e apreensão pela
Administradora de Consórcios Farroupilha. Então, nós queremos saber, e acho que
é obrigação da Prefeitura de Porto Alegre - quem realiza isso é a SMA -, olhar
a ficha de cada um dos licitantes. E como é que uma empresa que já estava com
busca e apreensão dos veículos que tinha, conseguiu recursos financeiros para
adquirir, mesmo de forma parcelada, 41 veículos para colocar a serviço da
Prefeitura? Como se diz nos meios populares “aqui tem”! Muita conversa circula
nos bastidores. Mas eu não tenho nenhum dado ainda para afirmar isso: que teria
alguém com muito mais capital financiando isso para a futura corrida que
teremos em 6 de outubro. Não faço essa afirmação por enquanto. São apenas
fofocas de bastidores. Mas que eu vou atrás deste assunto, eu vou, porque é
muito estranho, é muito dinheiro; o valor a ser pago por mês não é expressivo
para que uma pessoa só, uma empresa individual ou familiar, duas pessoas
consigam comprar, mesmo que seja a prazo, 41 veículos para colocar a serviço da
Prefeitura. Aqui há cheiro de fumaça, e eu irei atrás dessa fumaça. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoamos o
Memorando nº 028/08, do Ver. Ervino Besson, para representar esta Casa nos 115
anos da Sociedade Italiana, hoje, 30 de junho, às 20h, na Rua João Teles, nº
317.
O Ver. Dr. Raul está com a palavra em Comunicações,
por cedência de tempo do Ver. João Bosco Vaz.
O SR. DR. RAUL: Nobre Presidente Sebastião Melo;
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que nos assiste pela
TVCâmara e nas galerias, venho, neste momento de Comunicações, dizer que nos 30
anos que tenho na área da Saúde pública, uma das esferas a que mais me dediquei
foi também na questão do esporte, porque vejo que a qualidade de vida das
pessoas passa muito pelo esporte. Então, eu gostaria de me referir, hoje, a um
Projeto de minha autoria, que cria o Dia Municipal do Tenista em Porto Alegre.
Por quê? Está aí o Ver. João Bosco, dizendo que é um grande tenista, mas eu não
o tenho visto nas quadras. Eu o conheço há 30 anos e estou sempre jogando nos
meus momentos de lazer, e não nos enfrentamos ainda.
Mas o que tenho a dizer sobre esta matéria é que o
tênis, realmente, é um esporte que pode parecer elitista a alguns, mas é um
esporte que traz longevidade para as pessoas, que traz qualidade de vida e que
traz cidadania. Ele é um pouco diferente do futebol, que todos nós praticamos
quando mais jovens também, porque nós temos pessoas que conseguem praticar o
esporte “branco”, o esporte do tênis, até os 90 anos de idade. Eu tenho, por
exemplo, amigos, alguns até já se foram, e um inclusive tem suas cinzas na
quadra 1 do Petrópolis Tênis Clube, tal o apego que teve ao tênis; ele está lá
de cima nos olhando; o Etcheparre, um grande amigo.
Eu acredito que o Município de Porto Alegre também
deve ter, como forma de divulgar um esporte tão importante como o tênis, o seu
Dia do Tenista, e para isso temos também o apoio da Federação Gaúcha de Tênis,
do seu Presidente Luiz Fernando Pires, uma Federação que teve dificuldades há
alguns anos e que de cinco ou seis anos para cá vem se reerguendo com força
para fazer do tênis um esporte cada vez mais intenso, cada vez mais praticado
pela criança, pelo homem de meia-idade, pelos adultos e pelos idosos, pois
muita qualidade de vida traz para essas pessoas.
Gostaria de dizer da importância para que haja um
estímulo maior, porque realmente tivemos um grande estímulo a este esporte
quando em idos anos tivemos Maria Esther Bueno, a maior tenista de todas no
Brasil, e até mundialmente; tivemos o nosso Thomas Koch, tivemos mais
recentemente o nosso catarinense Gustavo Kuerten, o Guga; tivemos nomes
excelentes que divulgaram e trouxeram este esporte para as mentes, para as
televisões, para o dia-a-dia de todos nós.
Nós não poderíamos deixar de lado essa iniciativa.
Praticamos o tênis há praticamente 30 anos, pois qualifica a nossa vida por ser
um esporte que, mesmo que estejamos um pouco acima do peso, podemos praticar.
Ele traz também muita amizade, muito congraçamento, e, em especial, traz para
as crianças uma questão de responsabilidade, porque as linhas da quadra de
tênis são vistas como uma questão de cidadania, porque o próprio tenista é quem
define se a bola foi dentro ou foi fora, e isso cria uma consciência, uma
responsabilidade, uma integridade nas pessoas, um pouco diferente do nosso
futebol, que se presta a grandes cambalhotas, a fazer de conta. No tênis não se
faz de conta, o tênis se pratica dentro de uma regra mais cidadã.
Gostaria também de dizer que temos grandes clubes
nesta Cidade que fazem do tênis grandes academias, e gostaríamos que no dia 09
de junho, a ser criado o Dia do Tenista, todos se unissem e abrissem suas
portas para proporcionar clínicas deste esporte, para que as pessoas, mesmo
aquelas que não tem uma renda adequada, possam ter uma iniciação no esporte que
tanto pode fazer pelas suas vidas, que tanto pode fazer com que realmente
tenham um futuro melhor, mais qualificado.
Então, eu queria agradecer a todos por este momento
e desejar-lhes saúde!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos ao
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo da Verª Maristela Meneghetti.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público aqui presente
e minhas companheiras Luluzinhas, da Sociedade Gondoleiros, ocupo este espaço
para homenagear os 35 anos das Luluzinhas.
Em 1973, o Movimento Feminista estava nas ruas
levantando bandeiras em prol da igualdade de direitos para defender o interesse
das mulheres por questionar os sistemas culturais e políticos construídos a
partir dos papéis de gênero historicamente atribuídos à mulher. Nesse ano, em
Porto Alegre, na Sociedade Gondoleiros, um grupo liderado por Laura Fulginiti,
a quem não conheci, mas que aprendi a admirar pelas referências de suas amigas;
Irene Vieiro, que está presente; Iara Dorneles, minha amiga e conterrânea;
Eroni Camargo; Fifa Machado; Cecíclia Sabatel, viram ali a necessidade de
compartilhar seus anseios e expectativas, problemas do quotidiano, e,
principalmente, determinar o espaço feminino, criando-se assim as Luluzinhas.
Inicialmente era um grupo para atividades filantrópicas que promovia chás
beneficentes, mas, como muitas trabalhavam, decidiram se reunir a cada quinze
dias, aos sábados, ao meio dia. O grupo cresceu e se tornou o referencial para
os clubes sociais.
Em 1983, dez anos depois, foi formada uma comissão
cinco estrelas, com quatro clubes: Lindóia, Sarandi, Sogipa e Teresópolis, para
se integrarem na organização dos eventos. O primeiro grande encontro aconteceu
no Clube Farrapos, com a presença de quase mil mulheres. Cada clube indicou uma
entidade para ser beneficiada. Com o passar do tempo, algumas mulheres deixaram
de participar e outras se agregaram ao grupo.
O feminismo mudou e vem mudando em uma dinâmica
impossível de ser acompanhada por quem não vivencia suas entranhas. No
Movimento Feminista, a dialética viaja na velocidade da luz. O grupo se adaptou
aos novos tempos e, atualmente, tem 48 integrantes, mais suas convidadas e
afilhadas que participam. Reunimo-nos todas as segundas-feiras, à noite, para
confraternizar, jantar na Sociedade Gondoleiros. Promovemos eventos
beneficentes, porque solidariedade é a marca registrada desse grupo. Todos os
anos, comemoramos com uma grande festa o aniversário das Luluzinhas. Trinta e
cinco anos são uma vida. Trinta e cinco anos contam centenas de histórias.
Trinta e cinco anos nos trazem à memória fatos passados, e, nessa trajetória,
também mudamos.
Muitas iniciativas não têm a capacidade de se
manter. No entanto, as Luluzinhas, dispostas a debater os problemas que as
afligiam, através da amizade, solidariedade e companheirismo, conseguiram
amadurecer, crescer e criar os seus filhos, compartilhando alegrias, esperanças,
abraços, dividindo tristezas, decepções, sofrimentos, trocando confidências e,
principalmente, sendo o presente e o futuro na vida de cada companheira.
No mundo atual, onde predomina o egoísmo
desenfreado, a individualidade exacerbada, a falta de solidariedade, ver o
exemplo das Luluzinhas nos dá uma lição de esperança na humanidade.
Desde 1990, tenho comparecido ao grande Baile Anual
das Luluzinhas. Lá estive na Festa dos 25 anos, meu nome consta lá no Livro de
Ouro. E, quando percebi, já havia sido conquistada pelo calor da amizade de
todas vocês. Do apoio recebido em 2004, quando acreditaram que eu poderia
chegar à Câmara de Vereadores, lembro das minhas queridas amigas Cecília - lá
na praça, lá na igreja, lá no Amparo Santa Cruz -, Iara, a Vera, a Iracema, a
Joana, a Shirlei, a Marli, a Eleonora, a Ivone, a Enriqueta, a Ieda, a Izoé, a
Marzeli. Muito me orgulha participar dessa confraria; podem ter certeza. A
amizade pode ter origem no instinto de sobrevivência da espécie, pela
necessidade de proteger e ser protegida por outros seres. Alguns amigos se
denominam os melhores amigos. Muitas vezes, o interesse dos amigos é parecido,
e demonstram entre si um senso de cooperação, e, quando isso não acontece,
mesmo assim, gostam de partilhar momentos pela companhia e amizade do outro.
Nós, “Luluzinhas”, temos uma herança de 35 anos de
amizade, solidariedade, carinho, compreensão e humanismo. Todas vocês, queridas
amigas, servem de exemplo às novas gerações, e desejo que essa Irmandade
continue esse trabalho de assistência aos idosos e crianças com desprendimento
e dedicação; e as mais jovens, as nossas filhas que já estão entrando,
gradativamente vão ocupando esse espaço.
Para encerrar, eu saúdo todas com a música que,
para nós, é um hino: (Entoa a canção.) “Amigas para sempre é o que nós iremos
ser, na primavera ou em qualquer das estações, nas horas tristes, nos momentos
de prazer, amigas para sempre. Amigas para sempre é o que nós iremos ser, na
primavera ou em qualquer das estações, nas horas tristes, nos momentos de
prazer, amigas para sempre. Amigas para sempre!” (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Maurício Dziedricki está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
público aqui presente, depois dessa emocionante demonstração de carinho da Verª
Neuza Canabarro, cabe retomar alguns temas que, talvez, não sejam tão
proveitosos, tão alegres, que vêm circundando Porto Alegre e a Região
Metropolitana, principalmente no que tange à questão da violência que nós
estamos encontrando.
Ver. Sebastião Melo, recentemente nós tivemos um
encontro com o Cel. Mendes, sobre a demonstração do conflito que houve aqui, no
Acampamento Farroupilha, com o MST, com a Via Campesina, com algumas invasões,
e outro ponto que deveria ser abordado e que deve preocupar a todos nós,
Vereadores, é a violência que cerca os espetáculos futebolísticos.
Neste fim de semana, nós tivemos o clássico Gre-Nal,
ambos clubes sediados em Porto Alegre, tanto o Internacional quanto o Grêmio,
e, ao longo da última semana, houve uma demonstração clara e inequívoca de que
essas torcidas organizadas vêm assustando os amantes e torcedores de futebol.
Digo isso porque, em recente encontro com o Cel. Mendes, quando foi retratado o
episódio de São Leopoldo, com a morte - na verdade, com a execução - dos jovens
Jéferson Alves Ferreira e Gabriel Elói de Oliveira, ambos torcedores do
Colorado, vitimados com tiros na cabeça, demonstrando, mais uma vez, a forma
que alguns torcedores, Ver. Dr. Raul, encontram para defender as suas posturas.
E esse é o pior tipo de demonstração que podemos ter, a demonstração pela
violência, pela imposição. Tem-se tratado muito esse assunto aqui com os
amantes do esporte. O Ver. Brasinha, que faz parte da nossa Bancada
trabalhista, é um Vereador que costuma defender isso; agora, nós precisamos,
Ver. Brasinha - eu sei que o senhor esteve no Olímpico neste fim de semana -,
conter, frear a violência que cerca as torcidas organizadas dos clubes da
Capital.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Maurício, eu quero dizer que
essa paixão que a gente tem - gremista e colorado - não impede ninguém de
torcer pelo futebol, só que tem pessoas que usam o futebol para puxar a maldade
lá dentro da torcida. Quem é de nós que não tem, na família, um colorado ou um
gremista? Eu mesmo tenho 11 irmãos, e os 11 são colorados! Só eu sou gremista!
Como não vou conviver com um torcedor colorado? Em hipótese alguma deixarei de
conviver. Acho que a Brigada, o Coronel Mendes, tem que tomar imediatamente uma
atitude para coibir a violência dentro dos estádios.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer, Vereador, o
aparte e dizer que não é apenas a questão da causa, acho que todos nós somos
responsáveis; na medida em que há fanatismo de qualquer aporte, nós acabamos
por ajudar a reforçar isso, mas, é claro, que outros elementos que nós sabemos
quais são vêm a se somar. Quero lamentar o que aconteceu, independentemente de
ser torcedora colorada ou gremista, o assassinato daqueles dois jovens. E esta
Casa, que tem a Comissão de Educação, a própria questão da criança e do
adolescente, deveria, sim, ter também uma atitude de chamar aqui os dirigentes
das torcidas organizadas, juntamente com as direções dos clubes para também
começarmos a pautar e fazer parte no sentido de ajudar a debelar a violência,
senão em seu todo, mas, pelo menos, contribuir. Muito obrigada.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Verª Maristela
Maffei, isso que a senhora coloca aqui no microfone de apartes é algo muito
importante, haja vista que na reunião preparatória, Ver. Brasinha, do
espetáculo do Gre-Nal, as torcidas, os líderes, os condutores dessas massas
organizadas pelas suas torcidas se enfrentaram no pátio do Batalhão de
Operações Especiais, Ver. Nilo, demonstrando aquilo que nós precisamos, mais do
que nunca, reforçar: a instituição. E ali, naquele momento, estava sendo vilipendiada
a instituição da Brigada Militar com a agressão mútua entre colorados e
gremistas. Então, o espetáculo do futebol precisa ser preservado, a batalha, a
guerra, o conflito, que fiquem entre as quatro linhas do campo.
Agora, os Vereadores desta Casa precisam atentar ao
fato de que são clubes da Capital, o que motiva a visita de muitos torcedores
da Região Metropolitana à nossa Cidade nesses grandes jogos de futebol e que,
mais do que nunca, Ver. Márcio Bins Ely, deve haver um comprometimento de nossas
forças político-partidárias em conduzir boas formas e demonstrações da
valorização do esporte em detrimento à violência.
O Sr. Márcio Bins Ely: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Maurício Dziedricki, quero
cumprimentar V. Exª por trazer ao debate, neste período de Grande Expediente,
um tema tão importante como este da questão da violência nos estádios, e quero
dizer que, juntamente com V. Exª, me somo aqui à Bancada dos jovens Vereadores
desta Casa. Tenho participado ativamente, ido aos estádios, inclusive
encontrando outros Vereadores, colegas daqui, e realmente nos preocupa muito
essa situação. Tivemos alguns episódios como a queima dos banheiros, enfim,
realmente é muito importante que nós possamos tocar a consciência das pessoas
para que a gente não precise estar enfrentando dificuldades nos estádios, onde
temos visto uma presença feminina e também do público infantil em grande
número, pois as famílias estão indo aos estádios. Então, acho muito oportuno o
assunto, e quero cumprimentar V. Exª por trazer este tema ao debate nesta
colenda Câmara. Muito obrigado.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Outro cenário,
Ver. Márcio Bins Ely, é justamente que nós, jovens Vereadores, convivemos muito
com a nossa juventude. Um retrato que eu tenho visto é uma ação da Promotora de
Justiça Ana Maria Marchezan, quando denunciou dois jovens pichadores que
fizeram seus rabiscos no Viaduto Jayme Caetano Braun, na semana passada, e
foram presos em flagrante pela Guarda Municipal e conduzidos ao DECA. Lá, numa
postura corretíssima, o Delegado plantonista os indiciou, Ver. Márcio Bins Ely
- o senhor que também é advogado -, tipificou-os pelo crime de dano
qualificado, diferentemente da Lei de Pichação, quando o ato de pichar tem uma
pena branda que proporciona a liberdade provisória no dia seguinte. Tais jovens
continuam, desde a semana passada, presos no Presídio Central, por força dessa
nova orientação do Judiciário, quando o dano qualificado passou a ser
incorporado naqueles que prejudicam, como o Ver. João Carlos Nedel trouxe aqui
nesta tribuna, o nosso patrimônio público. Tomara que essa atitude do
Judiciário migre também para o patrimônio privado, porque nós não podemos
permitir a Cidade cinza, marcada com tintas que não traduzem o respeito à nossa
terra. E essa orientação já demonstra resultados práticos da Guarda Municipal,
com o Disque 153, já havendo mais de 500 prisões e ataques a esses que sujam
nossa Cidade.
Nas palavras da nossa Promotora, quando trata do
porquê do enquadramento legal (Lê.): “O Poder Público investiu muito naquele
Viaduto, assim como nos monumentos que são pichados por toda a Cidade. Dá muita
dor de cabeça consertar o estrago que esses jovens fizeram, porque, até para
pintar de novo o Viaduto, via de regra, é necessária licitação. Enquanto isso,
eles se divertem, repetindo o crime. É hora de dar um basta! A Prefeitura tem
gasto três vezes mais com pintura, colocando um verniz antipichação para
prevenir a ação desses vândalos. Isso não pode continuar.”
O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Quero cumprimentá-lo, Ver. Maurício, pelos
temas abordados, e dizer que a pichação é crime, e eu tenho certeza de que
ninguém aqui concorda com essa atitude. Às vezes, eu fico preocupado com
aquelas pessoas que investem uma grana pesada no seu patrimônio, nos seus
muros, nas suas casas, e têm o seu patrimônio pichado. E os pichadores terminam
não sofrendo uma pena conforme mereciam. Então, eu espero, sim, que esta Casa
se debruce mais sobre este tema da pichação, porque isso aí é uma vergonha. É
lamentável, sim, com certeza. Nós temos uma Cidade maravilhosa, um pôr-do-sol
maravilhoso, e vândalos estão tentando transformar a nossa Cidade numa sujeira,
pois é esta a imagem que está sendo passada para todos nós: uma imagem de
sujeira. Então, que possamos, todos nós, todas as Bancadas desta Casa, dizer
“não” à pichação na nossa Capital. Obrigado.
O SR. MAURÍCIO
DZIEDRICKI: Ver. Nilo, o senhor foi muito preciso nas suas palavras. Essa Frente
Contra a Pichação é uma Frente que deve ser melhor trabalhada pelas diversas
Bancadas, porque o que nós defendemos, o que nós propomos ao estarmos
legislando por Porto Alegre é justamente defender tudo o que há de bom em
relação ao patrimônio da nossa terra: a questão das edificações públicas, mas,
sobretudo, das edificações privadas, pois são esses os eleitores que nos
cobram, são esses os cidadãos que estão vendo aqui a sua representação muitas
vezes não tratar completamente do tema. Eu digo isso, porque neste final de
semana nós devolvemos, nós entregamos a Ponte da Azenha, com o Prefeito Fogaça;
eu tive a honra, por determinação do Presidente Sebastião Melo, de
representá-lo na cerimônia de entrega da Ponte da Azenha. Ela está
completamente reformada, com o reboco restaurado, com o reforço estrutural
necessário nos pilares de fundação, fazendo com que Porto Alegre passe a
entender um pouco mais a valorização que nós queremos empreender ao patrimônio
histórico.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Maurício,
desculpe eu lhe pedir o aparte mais uma vez, mas eu quero dar meus parabéns,
porque a Ponte ficou belíssima, a recuperação foi perfeita. Eu acho que valeu a
pena, porque há um detalhe: aquela Ponte conta uma história da Cidade. Então,
eu quero dar os meus parabéns a V. Exª, que foi Secretário. Pode ter certeza
absoluta de que o trabalho ficou muito bom e a Ponte muito bonita. Parabéns,
Vereador.
O SR. MAURÍCIO
DZIEDRICKI: Obrigado, Brasinha. Foi uma ação conjunta com diversas Secretarias:
Epahc, Secretaria da Cultura, Secretaria de Obras, EPTC. No domingo, nós
entregamos, com um grande espetáculo, o que reavivou a primeira Batalha da
Revolução Farroupilha,
aqui, onde Porto Alegre recebeu o título de “Leal e Valerosa”. Um investimento
que traduz, pela cultura do povo gaúcho, a nossa garra, as nossas marcas, e
Porto Alegre, por meio da sua Prefeitura, do Prefeito Fogaça, assumiu isso,
esse investimento de 531 mil reais, com diversas parcerias, proporcionando,
inclusive, Ver. Alceu Brasinha e Ver. Nilo Santos, um show do
Borghettinho, encenação com mais de 30 cavalarianos sobre a Ponte, encenando a
Batalha, os grupos tradicionalistas, com espetáculos proporcionados em
parceria, e, lembrando, sempre, que esse tipo de ação mostra à cidade de Porto
Alegre que as obras não são somente de concreto, de cimento e de luz, as obras
estão revestidas completamente de cultura. Foi entregue, naquela oportunidade,
uma carta de princípios, do MTG, para que reforce a história, não somente da
Ponte da Azenha, que começou com o Chico da Azenha, no
moinho, mas que, sobretudo, respeite a história da tradição de nosso povo, com
a marca da batalha, de muitos que por ali passaram e derramaram sangue para
defender a nossa tradição. Com isso, Ver. Alceu Brasinha, Ver. Sebastião Melo,
concluo, dizendo que nós, Vereadores, precisamos enfrentar esses temas, porque
na Ponte da Azenha, se não fosse a pintura antipichação, teria sido mais um
ponto de prejuízo. Por força das nossas ações e dos investimentos que lá
fizemos mostrou-se um resultado completamente positivo, Ver. João Antonio Dib,
com a limpeza daquele espaço que foi deteriorado por vândalos, e que, mais do
que nunca, como a Promotora aqui coloca, é preciso dar um basta.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregôo o
Memorando nº 029/08 do Ver. Ervino Besson, solicitando autorização para
acompanhar o lançamento do Programa Alvará no Bairro, a ser realizado no Clube
Riograndense, situado na Av. Cavalhada, 2.206, na data de hoje, às 16h.
Srs. Vereadores, para dar seqüência ao que foi
acertado na reunião das Lideranças e Mesa, propomos que passemos à Pauta, antes
da Ordem do Dia, porque existem projetos que precisam correr a 2ª Sessão de
Pauta, e, depois, nós teremos ainda uma Sessão Extraordinária para fazer a
Reunião Conjunta.
Em votação o Requerimento
que solicita a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 4129/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 033/08, que dispõe sobre ações de revitalização do Largo Glênio
Perez e Praça XV de Novembro, permite o uso e destinação de bem público no
Largo Glênio Perez, define os limites do próprio municipal “Chalet da Praça XV
de Novembro” afetado à instalação de restaurante e atividades afins, e dá
outras providências.
PROC. Nº 3609/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 144/08, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que institui o Mês dos
Esportes Radicais, a ser realizado anualmente, no mês de outubro, que passa a
integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá
outras providências.
PROC. Nº 4034/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 030/08, que autoriza o Município a desafetar do uso comum do povo e
a doar para o Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB, próprio municipal
localizado na Rua Landell de Moura, nº 1517, Bairro Tristeza.
PROC. Nº 4035/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/08, que autoriza a desafetação e doação de próprio municipal
localizado na Rua Cruzeiro do Sul, nesta Capital, ao Departamento Municipal de
Habitação – DEMHAB.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 4128/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 032/08, que altera a redação do art. 64 da Lei nº 6.253, de 11 de
novembro de 1988, alterada pela Lei nº 6.410, de 09 de junho de 1989, e dá
outras providências. (DMLU - Isonomia na percepção de gratificação por
exercício de atividade de lançamento de tributo, arrecadação, etc.)
PROC. Nº 4130/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/08, que altera a redação do art. 65 da Lei nº 6.310, de 28 de
dezembro de 1988, e dá outras providências. (DEMHAB - Isonomia na percepção de
gratificação por exercício de atividade de lançamento de tributo, arrecadação,
etc.)
PROC. Nº 4131/08 - PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 035/08, que
institui gratificação por exercício de atividades perigosas aos agentes de
fiscalização lotados na Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio
(SMIC), no desempenho de atividades externas e em condições de risco à vida, e
dá outras providências.
PROC. Nº 3071/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/08, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que determina a
execução do Hino Rio-grandense nos jogos de futebol do Campeonato Gaúcho
realizados no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC. Nº 3114/08 -
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 004/08, de autoria da Verª Margarete Moraes, que cassa a Resolução
nº 1.991, de 18 de maio de 2006, que concede o Prêmio Não às Drogas à
Comunidade Terapêutica Cidade de Refúgio.
PROC. Nº 3910/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/08, que acrescenta o art. 3º - A e altera o § 1º do art. 5º da
Lei nº 7.690, de 31 de outubro de 1995, alterada pelas Leis nos 8.183,
de 1º de julho de 1998 e 9.879, de 20 de dezembro de 2005, que institui
gratificação de incentivo técnico aos funcionários detentores de cargo para
cujo provimento seja exigida formação universitária ou habilitação legal
equivalente na Administração Centralizada, Autárquica e Fundacional do
Município e dá outras providências.
PROC. Nº 3232/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 134/08, de autoria da Verª Maristela Maffei, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Martinho José Ferreira
(Martinho da Vila).
PROC. Nº 3510/08 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO Nº 029/08, de
autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana.
PROC. Nº 3666/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/08, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina
Rua Ivo Vargas o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4032 – Vila
Orfanotrófio I –, localizado no Bairro Santa Tereza.
PROC. Nº 3667/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/08, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina
Rua Sandra Maria Machado o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua
4004 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no Bairro Teresópolis.
PROC. Nº 3669/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/08, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que
denomina Rua Darcy de Bastos Germann o logradouro público cadastrado, conhecido
como Rua 7023 – Loteamento Residencial Moradas do Sul.
PROC. Nº 3258/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 136/08, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que inclui no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o Dia de Luta Contra
a Ataxia Dominante – Doença de Machado-Joseph –, a ser realizado anualmente, no
dia 25 de setembro.
PROC. Nº 3367/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 139/08, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que declara de
utilidade pública a Associação dos Renais do Rio Grande do Sul – Pró-Rim.
PROC. Nº 3629/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/08, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Milton de Oliveira Vieira.
PROC. Nº 3630/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/08, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua
Lírio-do-Amazonas o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 1947
– Loteamento Wenceslau Fontoura –, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC. Nº 3665/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 151/08, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Luíza
Santos da Silva o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4005 – Vila
Orfanotrófio I –, localizado no Bairro Teresópolis.
PROC. Nº 3738/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/08, de
autoria da Verª Neuza Canabarro, que concede o Diploma Honra ao Mérito à
Farmácia Drogamaster Ltda.
PROC. Nº 3912/08 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/08, que dispõe sobre a organização do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Municipal, nos termos do artigo 31 da
Constituição Federal e dos artigos 61 a 64 da Lei Orgânica do Município; cria a
Controladoria-Geral do Município de Porto Alegre, definindo a sua estrutura e
atribuições e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras;
senhores e senhoras, há um conjunto de Projetos hoje em 1ª Sessão de Pauta de
autoria do Executivo Municipal, bem como Projetos de autoria do Legislativo,
dos colegas Vereadores e Vereadoras.
Quero tratar particularmente de dois Projetos de
origem do Executivo, que estão tramitando nesta Casa, que pedem para
autorizarmos o Município a fazer a desafetação do uso comum do povo e doar para
o Departamento Municipal de Habitação - DEMHAB -, um próprio municipal
localizado na Rua Landell de Moura, no bairro Tristeza, e outro localizado na
Rua Cruzeiro do Sul; também uma doação de próprio municipal para o DEMHAB.
Quero dizer que, em princípio, somos favoráveis a
esse Projeto do Executivo. Mas, ao mesmo tempo, há uma agenda toda que o
Executivo tem que cumprir, mas não realiza, que é a regulamentação do Estatuto
da Cidade em Porto Alegre, que trata de todos os próprios públicos municipais
ocupados para fins de moradia, e que consiga criar a concessão do Uso Especial
do Solo para Fins de Moradia. Esses Projetos já estão tramitando nesta Casa.
Há dois Projetos de nossa autoria que estão na
Ordem do Dia para serem votados; toda a vez que vão para votação, o Líder do
Governo vem aqui e pede para prorrogar mais uma vez. Ver. João Antonio Dib, se
nós não enfrentarmos o tema das áreas irregulares, dos próprios públicos
municipais ocupados, se não realizarmos definitivamente, aqui, a regulamentação
do Estatuto da Cidade, para cada vez que o Município precisar de uma área
pública para a finalidade do DEMHAB terá que vir um Projeto específico. Isso é
antiprodutivo, isso é uma falta de visão da Cidade como um todo no que diz respeito
à regularização fundiária. Portanto, adequar o Estatuto da Cidade é uma
necessidade urgente, e o Executivo Municipal, pelo DEMHAB, não fez nenhum
movimento propositivo.
O Estatuto da Cidade foi aprovado no mês de julho
de 2001, portanto, neste mês que iniciaremos amanhã, o Estatuto da Cidade
estará completando sete anos, e o Município de Porto Alegre ainda não realizou
a sua regulamentação, a sua efetivação para que possamos tratar temas como
este, Professor Garcia. Eu trago aqui, novamente, o tema, porque esse Projeto
de Lei está pronto para ser votado. É um Projeto que regulamenta o Estatuto da
Cidade no Município de Porto Alegre e que cria o instrumento da Concessão do
Uso Especial do Solo para Fins de Moradia.
Quero dizer aqui que os dois Projetos de autoria do
Executivo, que pedem para desafetar do uso comum do povo, referem-se a áreas já
ocupadas por comunidades há 10, 20, 30, 40 anos. E nós temos em Porto Alegre 65
comunidades: não são nem uma, nem duas; são 65 comunidades. Por que o Executivo
não enfrenta isso e garante o direito constitucional, que é o das pessoas que
moram nessas áreas, que já tem o direito constitucional de utilizar o solo para
toda a sua família e os seus herdeiros para o fim de moradia, que se chama
“Concessão do Uso Especial do Solo para Fins de Moradia”? Então, Sr.
Presidente, se nós não votarmos os Projetos oferecidos por este Legislativo e
pelos Vereadores que trabalham no tema da Reforma Urbana, vai acontecer sempre
isto: o Executivo, quando se sente pressionado por esta Casa ou pelas
comunidades, manda um “projetinho de lei” e resolve o problema de uma
comunidade. Mas nós não temos que resolver o problema de uma comunidade; nós
temos que resolver o problema global da cidade de Porto Alegre, das comunidades
que ocupam o solo urbano de propriedade do Município, garantindo o direito real
pelo Estatuto da Cidade, que é a Concessão do Uso Especial do Solo para Fins de
Moradia.
O nosso Projeto, o PLCL
nº 002/05, está na Ordem do Dia, e a Liderança do Governo já pediu mais de uma
vez para prorrogarmos, portanto já atingiu o limite para a prorrogação; não pode
mais. Se não quiserem votar favoravelmente, que votem contra, mas queremos
votar esses Projetos para que a Cidade seja qualificada e para que essas
pessoas tenham o seu direito constitucional garantido, que é o solo para a
moradia.
Portanto, mais uma vez, o Executivo faz um
movimento que é para favorecer alguns. Eu pergunto: por que só essas duas
comunidades? Será que lá tem cabos eleitorais do Sr. Tessaro, que agora tem que
mandar o Projeto aqui para desafetar essas duas áreas? Por que não aprovar a
totalidade das áreas irregulares de Porto Alegre? Essa é a minha opinião, essa
é a minha posição; e tivemos o trabalho e oferecemos a esta Casa qualidade por
meio do Projeto. Muito obrigado, senhores e senhoras.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exmo
Sr. Presidente, Sebastião Melo; na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa; público que nos assiste nas galerias
ou pela TVCâmara; senhoras e senhores. Venho a esta tribuna hoje, no período de
Pauta, fazer referência, inicialmente, a alguns Projetos de Lei que tramitam em
1ª Sessão. O PLE nº 033/08, dispõe sobre ações de revitalização do Largo Glênio
Peres e Praça XV de Novembro, permite o uso e destinação de bem público no
Largo Glênio Peres e define os limites do próprio municipal “Chalé da Praça XV
de Novembro” afetado à instalação de restaurante e atividades afins, e dá
outras providências.
Inicialmente, quero dizer que é fundamental esse
movimento, que é coordenado e organizado pelo Governo Municipal, que diz
respeito ao movimento Viva o Centro, e que tem procurado alternativas,
investido em atividades e proporcionado ações coordenadas das mais diversas
áreas e Secretarias do Governo, para que nós possamos estar destacando essa
área tão nobre da nossa Cidade, que é a área central.
Paralelo a isso, nós sabemos que existe o Projeto
do camelódromo, que está em vias de ser concluído, portanto, aquela área, em
especial, que abrange o Largo Glênio Peres, o Chalé da Praça XV, em que hoje
existe uma delimitação de ocupação do espaço para os camelôs, nós sabemos que
ela vai estar livre. Então, nesse sentido, quero-me somar a esse Projeto de
Lei. Já estive, inclusive, dando uma olhada nesse Projeto, acredito que com
isso vai-se qualificar aquele espaço para as pessoas que buscam o Centro, que
buscam o Mercado Público, que buscam essa alternativa e, quem sabe, até trazer
um pouco dessa alternativa, por que não, histórica, de se dirigir ao Chalé da
Praça XV, de se dirigir ao Centro. Realmente esse é um espaço nobre, acredito
que é oportuno e que deve ter o apoio desta Casa um movimento no sentido de
aprovarmos esse Projeto que vem, como eu havia mencionado no princípio da minha
intervenção, no sentido de fortalecer esse trabalho que tem foco na
revitalização das áreas do Centro.
O Sr. Beto Moesch: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio Bins Ely, é importante estar
pautando e discutindo esse tema, mas apenas quero colocar uma posição que
tenho, especificamente jurídica, que, embora se esteja debatendo, não
precisaria nem de lei para isso, porque a concessão já existe; o que se está
fazendo agora - e isso passou por todas as Secretarias da Prefeitura - é uma
nova adequação de infra-estrutura e de reordenação histórica, cultural,
paisagística e arquitetônica da concessão já aprovada por Lei. De qualquer
maneira, como V. Exª está debatendo esse assunto, estou agregando esse debate
jurídico, mas se há um equívoco, na minha opinião, de ter que transformar isso
em lei, que possamos encarar, e não atrasar mais, uma melhoria importantíssima
ao Chalé da Praça XV, parte também da Praça Seca e do Mercado Público.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu quero
também me somar à sua intervenção, Vereador, que acho oportuna e importante,
porque, realmente, se essa foi a opção do Executivo, que nós possamos acelerar
esse Processo, porque Porto Alegre tem percebido movimentos que estão
qualificando os seus espaços, e, por que não também, podermos dar celeridade
nesse Processo de revitalização e reaproveitamento dessa área tão nobre que
compreende o Largo Glênio Peres e o Chalé da Praça XV.
Gostaria aqui também de fazer menção ao Projeto de
Lei de iniciativa do meu colega de Bancada, Ver. Mauro Zacher, que também está
incluso neste debate da nossa Bancada jovem aqui da Câmara Municipal. Quero
dizer que o Vereador também apresenta um Projeto de Lei de sua autoria, que
estabelece o mês dos esportes radicais. Quero dizer que tive a oportunidade,
ainda neste Governo, de estar à frente da Secretaria Municipal de Esportes,
Recreação e Lazer, e, realmente, esta é uma iniciativa que visa a que se possam
organizar atividades, que se possam priorizar atividades, eventos e realizações
na área dos esportes radicais. Que esse debate, por meio do Projeto de Lei,
esteja incluído na agenda das prioridades do Poder Executivo, seja por meio da
Secretaria Municipal da Juventude, seja por meio da Secretaria dos Esportes.
Mas que nós possamos incluir também o esporte radical, porque é um esporte que
está cada vez com mais adeptos. E esta é uma iniciativa jovem do Ver. Mauro
Zacher que nós queremos acompanhar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregôo o
Memorando do Ver. Elias Vidal referente à representação externa na data de hoje
(Lê.): “Vimos por meio deste, respeitosamente, comunicar que este Vereador está
em representação junto ao Executivo Municipal para tratar de assuntos
referentes à Campanha do Agasalho”.
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ver. Sebastião
Melo, eu falo em Pauta, em tempo reduzido, para permitir a priorização das
reuniões conjuntas para nós tratarmos de elevados Projetos desta Casa.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente,
Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, eu falo também em Pauta e pondo em
evidência o Projeto de Lei do Executivo que dispõe sobre ações de revitalização
do Largo Glênio Peres e da Praça XV, que, realmente, eu acho de extrema
importância. Quantas vezes a Praça XV e o Largo Glênio Peres foram assaltados
por medidas absolutamente incompatíveis com a sua destinação? Nós queremos a
sua revitalização, isso é um pedido de toda a comunidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu também vou colaborar, e gostaria de, posteriormente, examinar
dois Projetos Lei do Executivo que estão desafetando áreas. Eu gostaria de
saber o que faz aquela Procuradoria, que coloca notas no jornal contra o
Prefeito, quando os Projetos de Lei são encaminhados. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Sr.
Vereadores, tendo cumprido rigorosamente a discussão preliminar de Pauta,
conforme acordo de Mesa e Lideranças, eu encerro a presente Sessão e convoco
uma Sessão Extraordinária.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h02min.)
* * * * *